sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Visita à Desireè - Parte I

Os saltos altos tocavam o chão da sala quando lhe abriam finalmente a porta. Não gostava de esperar muito tempo para entrar na própria casa, e o não gostar era habilmente retratado no rosto sério e de olhar cinza e frio que adentrava. Tinha uma pele pálida. Alva como um mármore e tão gélido quanto. Não que isso fizesse dela menos atrativa, ao que tudo indicava surtia exatamente o efeito contrário. Os cabelos eram negros, de um negro envolvente como a noite que atiça a alma dos amantes e poetas lascivos ou enamorados. Sequer se deu ao trabalho de olhar o homem que se curvava para deixa-la passar. E aquele ser inútil nem mesmo ousava dirigir-lhe o olhar. E Desireè passava em direção à poltrona da sala, retirando as luvas brancas, para deixar sobre a baixela de prata que ficava ao lado da poltrona. A mesa estava posta. Com velas, frutas e o cheiro agradável vinha da cozinha. E nem com todo agrado ela sorriu. Mantinha o rosto fechado enquanto o rapaz que tinha lhe aberto a porta vinha sentar-se no chão aos seus pés, para retirar-lhe o sapato. Ela respirava fundo.. deixou que os dedos entrelaçassem os fios de cabelo do jovem que só então a olhava. Ela o tinha tocado, agradado, então ele podia olhar.. e o fazia, como um cão que tem seu dono em total adoração.
- Já está tudo pronto? – A voz era doce.. perigosamente doce.. como um convite ao beijo.
O rapaz apenas meneou a cabeça afirmativamente.. enquanto a mão de sua dona descia pelo rosto. O cheiro da pele dela, o toque delicado das unhas até que ela tocasse sua coleira, onde as iniciais DD estavam penduradas.
- E Ammellie.. onde está?
Era uma pergunta, então ele poderia responder para ela.
- Na cozinha, senhora.. está finalizando o jantar.
E então ela sorria, ela tinha um convidado hoje de demasiada importância, e tudo deveria correr bem, tal qual um relógio inglês.
- Muito bem.. muito bem.. vão aprontar-se.. logo ele deverá chegar, e eu não quero erros ou .. – os dedos que acariciavam a coleira, e desciam ao peito para brincar com o piercing do mamilo subia bruscamente, tomando a nuca do rapaz, puxando os cabelos com delicada força – castigarei você.. e Ammellie..
O rapaz sentia o corpo inteiro arrepiar naquele arranhar da unha em sua nuca. No puxar da cabeça para trás, era entregue e gostava daquela sensação. Esperou que Desirrè lhe soltasse os cabelos castanhos para que ele pudesse se levantar e avisar a sua irmã que deveriam se aprontar. Ela observava a garota de longos e lisos cabelos castanhos como os do rapaz sair da cozinha em passos curtos de gueixa usando tão somente apenas um avental, deixando as ancas aparecerem ao caminhar para o quarto. E não demorava aos passos do lado de fora da porta serem escutados. Nunca entendeu pq ele gostava tanto de usar aqueles malditos metais no solado do sapato. E no automático a imagem do rapaz tornou a surgir pela sala. Nu. Usava apenas a habitual coleira quando estava na casa de sua senhora. E abria a porta, sem sequer olhar para homem que entrara. Ou para a companhia feminina que trazia com ele.
- É o Mestre Kock, senhora..
A voz saia semi abafada pelo rosto constantemente retraído. E o homem entrava. Um adocicado perfume de maçã e canela que parecia ter uma morada fixa na pele daquele homem bem vestido. Os olhos de um castanho-esverdeado que beiravam o amarelo. Os cabelos negros, repicados e arrepiados. A roupa usualmente negra. A mulher que entrava a seu lado tinha a exata noção de saber o que era. E não entrava na casa tão submissa quanto os slaves de Desirrè. Era a atual escolhida de Kock. E se fazia notar porque quando se fazia entrar. O salto agulha finíssimo. As curvas delicadas do corpo acentuadas pelo vestido negro, que moldava todo o corpo. Os olhos azuis delineados pelos contornos negros. A coleira que ostentava com o orgulho de uma gata siamesa. Desirrè a olhou e era a única coisa não permitida para a pequena Lucrecia, que baixava os olhos, afinal Desirrè era uma domme, como seu senhor.
- Sempre pontual... – a voz de Desirrè de repente soara fria, lacônica, tão diferente da sua habitual forma.
E ele sorria, deixando que o rosto tocasse suavemente o pescoço de sua cria. Gostava do cheiro da pele da garota. Era como uma dosagem de ópio.
- Atrasos nem sempre são de bom tom...
Desirreè sequer levantava da poltrona para recepciona-lo. Um ato de rebeldia talvez, ou medição de forças. O rapaz aproximava-se para retirar o casaco de Kock. E logo Ammellie estava entrando na sala. Os olhos do Mestre voltaram para a menina. Nova.. um diamante a ser lapidado, e isso fazia o sangue de Kock ferver. Desirreè percebia e demonstrava com um sorriso dos mais sacanas no rosto.
- Tentador não é? – Enfim levantava-se e caminhava até a garota que estava em pé no meio da sala. – Essa pele.. – e as mãos bem cuidadas da Senhora deslizava pelo rosto de Amellie, a pobre garota sentia o corpo inteiro arrepiar. – Esse cheiro... – e os olhos da Domme estavam presos aos olhos Dele. Lucrecia o circulava como uma gata arisca que por segundos teme perder seu território. Ele nunca havia olhado assim para ela. Porque olhava assim pra aquela menininha? E Desireè sorria, enquanto a ponta dos dedos deslizavam para os mamilos de Amellie que enrijesciam de imediato como um reconhecimento á mão que o tocava. A mão de Lucrecia tomava o peito de seu senhor. Ela o abraçava como se quisesse proteger seu pequeno espaço. E Desirreè parecia se deliciar com o clima.
- Essa boca.. – e era a boca da Domme a tomar os lábios róseos da jovem. A mordisca-los chegando a puxa-los.. a jovem chegava a fechar os olhos, e podia sentir o próprio coração disparar. Um leve gemido escapava dos lábios da garota. – Já imaginou o sabor que a boceta dela tem Kock? – E olhava para o homem que continuava imóvel na sala tendo a bela Lucrecia a começar a desejar a garota de igual forma. E beijar o pescoço de seu senhor. Kock estava ocupado demais preso aos olhos da pequena Amellie.
E os dedos de Desireè desciam. Tomavam o caminho do abdômen, e expunham o pequeno sexo da garota. E fazia um leve sinal para que o rapaz que abrira a porta se aproximasse. E era atendida. O jovem posicionava-se atrás de Amellie, erguendo as mãos dela pelas algemas sem correntes que ela usava. Levando as mãos da mulher para a própria nuca. Presa em um tronco humano. E o próprio jovem já começava a excitar-se, sendo notável a angulação do membro entre as pernas da jovem garota. E sentir a masculinidade sumissa do rapaz. Sentir as argolas de metal que ele ostentava na glande a brincar com a sua intimidade a fazia arreapiar, mas nada.. absolutamente nada estava fazendo com que molhasse mais do que o amarelo dos olhos daquele homem à sua frente. Ele não a tocava, ele não dizia nada. Mas apenas o seu olhar já lhe submetia a uma vontade insana de se deixar ser dele, e apenas dele. E era essa sensação que a fazia melar ainda mais, era essa sensação que a fazia gemer. E as mãos de Desireè tocavam o pescoço do rapaz, induziam os lábios do jovem ao pescoço de Amellie, e ela não fechava os olhos. Não havia como, estava presa a Kock. Lucrecia deixava-se envolver pela cena, e sentia o formigamento latente ao sexo, queria participar, mas seu dono devia permitir. E era com um olhar de criança que vê um delicioso doce na vitrine que olhava para seu Mestre. Kock apenas meneava a cabeça sem retirar os olhos da garota servida como atração principal. Não era uma noite de castigos e só agora ele percebera. Era uma armadilha bem montada por Desireè. E a Senhora sorria para o olhar pedinte da escrava de Kock, poderia castiga-la a sua maneira e deixa-la ali aguando a vontade de sentir o gosto de Amellie.. Mas prmitia que a mulher se aproximasse. E a bela ruiva já iniciava o retirar do vestido negro, revelando as belas formas, revelando a tatuagem com o nome de seu mestre sobre a bunda. Entre as covinhas que enlouquecem as mentes masculinas. Um presente para quando seu mestre a fodesse de quatro, ter a certeza de que era dele. Caminhava lascivamente para a jovem parada no centro da sala que não conseguia desviar os olhos de Kock, nem mesmo esconder os pequenos gemidos, e eram as mãos dele que ela imaginava tomando seu corpo, não a de seu irmão. Era a mão dele que ela sentia através daquele olhar a lhe brincar com os biquinhos do seio tão durinhos, ou mesmo a afastar as nádegas a descer pelo anus e tomar o sexo a lhe abrir, e ela escorria. E envergonhava-se de estar desejando outro mestre que não a sua Domme. Melava-se inteira. Desireè olhava Kock, e era a sua vez de sentir a umidade lhe brotar as entranhas. Aquele olhar. Era como se ele a fodesse pelo olhar para a jovem. E isso lhe dava um misto de prazer e raiva, que a fazia esticar a mão para tomar um de seus brinquedinhos na sala. O ruído do couro que se chocava contra a pele delicadamente pálida de Amellie, que marcava e arrancava um gemer mais alto. E a garota não fechava os olhos.. gemia, mas gemia para Kock e ele sabia. Lucrecia seguia para se aproximar, queria provar aquele liquido que escorria entre as pernas da cria. Mas a mão de Desireè lhe impedia. E era a Domme a retirar a roupa. A chamar com o dedo a slave de Kock, A colocar uma das pernas sobre o sofá abrindo o sexo rubro para ela. Dominar a escrava de um Mestre era sempre mais excitante. Lucrecia olhou para seu senhor, a pedir a aprovação. Ele apenas meneou a cabeça afirmativamente. E ela seguiu. Ajoelhou-se diante de Desireè que lhe sorria.
- Anda putinha... chupe a minha boceta e me faça gozar... – e o estalido do tapa era escutado. A marca dos dedos que ficava no belo e angelical rosto de Lucrecia. O gemido que escapava dos lábios da jovem. O brilho metálico que surgia na língua que se projetava para onde havia sido ordenado. A umidade que se misturava. A saliva à excitação. A língua que brincava como clitóris deixando que o piercing fizesse as honras da casa.
- Chupa direito, cadelinha... – A voz era doce e imperativa. E os olhos de Desireè, estavam no homem imóvel diante da sua escrava. Desireè sabia que usar as escravas de Kock tinha um preço. Usar sua primadona então, era um preço deveras caro. Mas eram os olhos dele que ela buscava. Aquela forma única de domar sem sequer tocar que a fazia molhar ainda mais.. que a fazia mover o quadril e esfregar o sexo na boca da escrava. As mãos de Lucrecia que desciam para brincar como próprio sexo. Enxarcado. E Amellie que sentia o membro a lhe abrir o sexo. Victor jamais passava dos limites antes que a sua Senhora lhe ordenasse. E com aquela garota, este comando ainda não tinha vindo.
*Fotografia de Ken Markus.

5 Comentários:

Blogger The Master disse...

UOueeeeeeeeeeeeeee nee-sannnn


quem te ensino isso safado?


Hot hot hotttttttttt

Burn burnnnnnnn burnnnnn


AEUheuAHeuhaue Calientee calienteee calienteeeeeee


eauhaehuaeuhaeu pow ta show... embora contos eróticos nao combine muito com voce... eauheahuaehuaehuaeuh se nao combinam? aehuaeuhaeuhae com essa cara de alexandre frota que tu tem ^^ combina a lot ^^


AiuehAUHEuAHue Abração Nee o blog ta muitoooo show velho... como eu disse


hot hot hotttttttttt

13 de outubro de 2007 às 08:26  
Anonymous Anônimo disse...

Nossa... eu fiquei até com medo desse povo aí viu?
HAUUHAUAHAU

Muito bem descrito como sempre.
Anda inspirado com essas coisas heim filho? UAU!

Meus parabéns!

13 de outubro de 2007 às 12:34  
Blogger Tyr Quentalë disse...

mano.. maninho de meu coração, eu já conhecia um pouco seu lado sádico, mas pelo amor de deus... Este Domme dos olhos verdes é covardia. Supera o sadismo do Az. rsrsrs Tá de parabéns pelo conto, quando vai vir a segunda parte?

14 de outubro de 2007 às 11:09  
Anonymous Anônimo disse...

*pula em cima se pendura e sacode sacode sacoooooodeeeeee* kd a parte 2??? cade? cadeeeeeeee?????? ¬¬ anda.. digita logo *-* ai perfeição! hahahaha aaaaaaaaaaaaaadorei esse *-* e quero a parte 2 .. 3...4.. 5.. 92987! *,* Beijussssssssssss!

15 de outubro de 2007 às 16:08  
Anonymous Anônimo disse...

Cara, esse está realmente de dar suadeira. Pelo visto eu realmente estou me tornando uma má influência, a vc. Excelente conto, guardião. Lascivo, deliciosamente provocante. O ciúmes da Domme com o desejo do Mestre pela escrava dela foi um toque sensacional.

Palmas, meu caro. Muitas palmas.

16 de outubro de 2007 às 19:04  

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